Monday, February 5, 2007

Dia 1 de Janeiro de 2007

-Que barulho é este? – pensei quando acordei.
Saí á rua e vi que toda a gente se tinha curvado perante mim.
-O que se passa? – perguntei.
A mesma pessoa que ontem tinha vindo falar comigo, tomou a palavra e disse:
-Ontem, quando chegaste, o monstro que tinha raptado a filha do demónio, ao saber que tu cá estavas para salvar a princesa, largou-a de imediato com medo de ti. A partir de hoje és o nosso rei, pois foi graças a ti que o demónio prometeu que nunca mais nos faria mal.
-Desculpem mas eu não posso ser vosso rei. Tenho de voltar para o planeta Terra.
-Não, não o deixaremos partir – disse a multidão.

Atiraram-se todos a mim com unhas e dentes. Cheio de medo, gritei de desespero e …
- Duarte, Duarte acorda, estas a ter um pesadelo - disse a minha mãe
- Mãe, mas o que é que estas a fazer aqui?
- Estavas a sonhar filho. Estavas a ter um pesadelo.

O quê? Tudo tinha sido só um sonho? Não havia Patrícia, nem Artur, nem demónios, nem sequer ETs? Mas por um lado, ainda bem, não queria ser comida para extra terrestres.

Que pesadelo! Ao menos agora vou passar a ter mais cuidado quando estiver na Internet.

Levantei-me e, claro, como era habito, fui para o meu computador. Mas em vez de ir para a Internet decidi ir escrever o meu próprio diário. Bom, a principio comparei-me com aquelas raparigas que escrevem no seu diário coisinhas sobre rapazes, mas a vontade era tão grande que decidi experimentar. Vou chamar-lhe diário do Duarte.

O diário primeiro poderia ser no Word, mas depois fiquei cheio de vontade de o publicar na Internet e criar um blog.
Quando disse ao meu pai, ele não achou boa ideia pois ia expor a minha vida. Tentei convencê-lo, mas a sua opinião não se modificava…
Então decidi: em vez de contar a minha vida, acordei, fui à escola, conheci uma rapariga… contar o meu pesadelo, aquele que um dia me deixou ficar branco.
Pedi outra vez autorização ao meu pai e finalmente o senhor “casmurro” me deixou fazer alguma coisa, disse-me:
-Ok, desta vez podes, mas…
Claro já era habitual haver um mas nas palavras do meu pai, quando me deixava fazer alguma coisa, pensei.
-Ouve, eu sei que por vezes pareço, em vez de mãe um pai galinha , mas é para a tua segurança, eu sei que por vezes os jovens se emocionam com a Internet, vão aos chat’s, conhecem novas pessoas e por vezes caiem no erro de dar o seu número de telemóvel, a sua morada, e às vezes até são raptadas por gente que faz passar por sua amiga. Percebes? Eu sei que às vezes sou chato, é para a tua plena segurança. Por isso quando fores à Internet para chats, quero que tenhas muito cuidado. Se te pedirem o teu nome ou a morada, é melhor que dês sempre um nome, morada ou número de telemóvel falso ou então, melhor ainda, não respondas. Eu quero que estejas sempre em segurança.
-Ok, pai! E obrigado por este aviso, pois acho que talvez muitas pessoas não sabem disto.

Fui a correr para o computador e lá fui eu escrever no meu blog, onde contei o meu grande pesadelo, acho que até inventei umas partes, mas ficou engraçado e sabem até ganhei um prémio, pois quando viram aquilo ficaram encantadíssimos, com o meu talento.

FIM

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